A infertilidade afeta 15 a 25% dos casais em países ocidentais, tratamentos e tecnologias de reprodução assistida vem aumentando constantemente, além disso, cada vez mais mulheres apresentam desequilíbrios hormonais (endometriose, ovário policístico) e a qualidade do esperma masculino diminui a cada ano que passa. Nesse contexto, os hábitos de vida da população mudaram muito após a industrialização e urbanização, prevalecendo a piora da qualidade nutricional e o excesso de peso. Será mera coincidência?
A alimentação é um dos fatores de estilo de vida modificáveis que tem influência na fertilidade humana. Há cada vez mais estudos demonstrando que os hábitos alimentares possuem um efeito significativo na fertilidade feminina e masculina. Uma alimentação equilibrada em vitaminas, minerais, antioxidantes, fibras e gorduras boas está associada com equilíbrio hormonal, melhor ovulação e qualidade do esperma. Por outro lado, uma alimentação a base de farinhas refinadas, açúcar e doces, gordura trans, fast food, frituras e industrializados está associada com excesso de peso, estresse oxidativo, inflamação e resistência à insulina, relacionados ao maior risco de infertilidade.
A mudança de estilo de vida do casal é importante, visto que as causas de infertilidade são atribuídas tanto a fatores femininos quanto masculinos na ordem de 30% para ambos. Há que se avaliar também o equilíbrio no consumo de álcool e cafeína, nível de estresse, exposição a toxinas, qualidade do sono e regularidade de exercício físico.