Escolhas alimentares saudáveis, incluindo frutas, vegetais, gorduras saudáveis, proteínas magras e grãos integrais podem promover o bem-estar mental e auxiliar no gerenciamento do estresse e ansiedade. As pesquisas sugerem que alimentos, nutrientes e a qualidade geral da alimentação têm o potencial de aliviar os sintomas de transtornos mentais e melhorar os resultados clínicos de pacientes.
Por outro lado, estados de saúde mental podem influenciar hábitos e escolhas alimentares, sendo que vivenciar o estresse e emoções como angústia, tristeza, tédio e raiva podem influenciar a quantidade e tipo de alimento consumido. Nesse contexto da alimentação emocional, algumas pessoas comem em maior quantidade e escolhem alimentos altamente palatáveis ou alimentos de conforto, como um recurso para aliviar a experiência ruim e a tensão.
Considerando a complexa relação entre alimentação e saúde mental, somada a situação única de vida de cada paciente, o nutricionista pode colaborar com abordagens que favoreçam a mudança de comportamento, por exemplo:
– Habilidades de comunicação: escuta, empatia e perguntas abertas.
– Recursos de auto-observação: diário alimentar ou checklist de autocuidado.
– Práticas de mindful eating para aprimorar os processos de autorregulação, por meio do treino da atenção plena e consciência interoceptiva.
– Atendimento centrado na tomada de decisão compartilhada: montagem de plano alimentar participativo, plano de metas gradual e individualizado.
– Ampliar o olhar para o cuidado com as emoções e regulação emocional: atuação conjunta com psicoterapia e/ou práticas integrativas e complementares em saúde.
Fonte: AlAmmar WA, Albeesh FH, Khattab RY. Food and Mood: the Corresponsive Effect. Curr Nutr Rep. 2020 Sep;9(3):296-308.